segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pesticidas podem influenciar nosso QI


Pesquisadores da Universidade da Califórnia conduziram estudos que demonstram a existência de relações entre a exposição a pesticidas e o QI. Os resultados do estudo mostraram que crianças expostas ainda no útero a grandes quantidades de pesticidas neurotóxicos apresentaram QIs ligeiramente mais baixos quando comparados com crianças que não sofreram nenhum tipo de exposição a substâncias tóxicas. O estudo comprovou ainda que estas substâncias tenham a propriedade de atravessar a placenta humana e alterar algumas funções cerebrais por meio da inibição da sinalização de compostos.

As pesquisas tiveram inicio em 1999 e foram baseadas no acompanhamento de crianças de 7 anos de idade expostas a pesticidas na fase de feto, devido ao trabalho nas lavouras que representa o meio de sustento de mais de 300 famílias mexicano-americanas de baixa renda que vivem na Califórnia.

Os dados das famílias californianas atestaram que em 20% das crianças, que sofreram exposições a substâncias tóxicas antes do nascimento, a média de QI é sete pontos menor, em comparação a grupos não expostos. De acordo com os especialistas, as mães das crianças que tiveram maiores impactos cognitivos são portadoras de mutações em um gene e isto torna a ação de algumas enzimas mais lenta.  Os pesquisadores também notaram que as crianças com maiores déficits de QI pertenciam a lares que passaram por algum tipo de tratamento com pesticida enquanto suas mães eram gestantes.

As conclusões do estudo são preocupantes, pois afirmam que essas alterações estão presentes em cerca de um terço da população norte-americana. O uso de pesticidas residências foi proibido em 2000, mas a pulverização agrícola é um método legal e amplamente utilizado. Os resultados do estudo foram divulgados no Environmental Health Perspectives.
 
Fonte: Jornal da Ciência

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