quinta-feira, 5 de maio de 2011

Esperança contra a obesidade

Cientistas da Universidade Johns Hopkins acreditam ter conseguido uma maneira de transformar a gordura corporal em um tipo melhor de gordura que queima calorias, uma esperança no tratamento contra a obesidade.

A descoberta foi feita em ratos, mas os pesquisadores acreditam que o mesmo acontece em humanos: a supressão de uma proteína ligada ao apetite (NPY) não só reduziu o peso e o consumo de caloria dos animais como também transformou a sua composição de gordura.

A gordura marrom é é abundante em bebês, que as usam como fonte de energia para aquecer o corpo, ao mesmo tempo em que gastam calorias. Conforme envelhecemos, nossa gordura marrom desaparece e é substituída pela gordura branca, tipicamente conhecida como aqueles pneuzinhos ao redor da cintura. Especialistas então pensaram que, fazer o corpo produzir mais gordura marrom em vez da branca, seria uma maneira de controlar o peso e prevenir a obesidade e algumas doenças relacionadas, como o diabetes tipo 2.
Quando eles silenciaram a NPY no cérebro dos roedores, encontraram um declínio no apetite e na ingestão de alimentos. Mesmo quando alimentados com uma dieta rica em gorduras, os ratos conseguiram ganhar menos peso que os que tinham a função plena da NPY.

Os pesquisadores checaram a composição de gordura dos ratos e perceberam uma mudança interessante: nos que tiveram a função da proteína modificada, parte da gordura branca tinha sido substituída pela marrom. Os pesquisadores esperam conseguir o mesmo efeito em pessoas, através da injeção de células-tronco de gordura marrom sob a pele para queimar gordura branca e estimular a perda de peso.

- Se pudermos fazer o corpo humano queimar gordura em vez de armazená-la, teremos adicionado uma ferramenta importante na luta contra a epidemia de obesidade - acredita o pesquisador Sheng Bi, um dos autores da pesquisa.

- Só o futuro dirá se isso é possível - rebate Jeremy Tomlinson, especialista do Centro de Pesquisas em Obesidade da Universidade de Birmingham.


Fonte: O Globo

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