sexta-feira, 29 de julho de 2011

Clube dos 27

Resultado do uso e abuso de drogas e álcool...

Segundos de Sabedoria - IV





Como surgiram os nomes de marcas famosas?

Consumimos tantos produtos no dia-a-dia, não é verdade?! Já pararam pra pensar na origem dos nomes das empresas que os fabricam?  O site BuzzFedd traz uma lista com a origem dos nomes de 50 grandes empresas (Clique aqui para acessar a lista completa). Confira alguns:




ADIDAS
O nome foi tirado da combinação do apelido do fundador, Adolf Adi Dassler. Seu irmão, Rudolf Rudi Dassler, seguiu o próprio rumo e fundou a marca de tênis Ruda, que mais tarde se tornou a Puma que conhecemos hoje.





BRIDGESTONE
Traduzindo o nome de Shojiro Ishibashi, fundador da marca, teremos a seguinte fórmula: Ishibashi = bridge of stone (algo como ponte de pedra, em português).



LEGO
Em dinamarquês, leg godt significa play well, “jogar bem” em português. Leg+godt, LEGO.



PEPSI

Não tem segredo. Pepsi vem da pepsina, enzima digestiva visualizada e descoberta pela primeira vez por Dorothy Hodgkin.



REEBOK
É a forma estilizada de rhebok, uma espécie de antílope africano.

We are all conected

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Fóssil pode desbancar 'Archaeopteryx' da posição de primeiro pássaro

Um fóssil encontrado na China pode representar o fim do reinado de 150 anos do Archaeopteryx como exemplo mais antigo de ave evoluída a partir dos dinossauros. Batizada Xiaotingia zhengi, a nova espécie de dinossauro emplumado forçaria um rearranjo da árvore filogenética dos terópodes, tirando o Archaeopteryx da sua posição de primazia e levando ele e seus parentes para uma família de dinossauros  que ainda não seriam aves.

Do tamanho de uma galinha e pesando cerca de 800 gramas, o Xiaotingia foi encontrado em formações rochosas datadas de 155 milhões de anos. Embora não seu fóssil esteja tão bem conservado quanto vários exemplares de Archaeopteryx já encontrados, ele apresenta características que o fazem um potencial alterador de toda a cadeia de espécies que teriam desembocado nos pássaros modernos.
Fonte: O Globo 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Manual de Etiqueta Sustentável

{txtalt}Lançado em novembro de 2007, com 33 dicas, o Manual de Etiqueta Sustentável registrou a maior tiragem da Editora Abril - 2,5 milhões. Dois anos depois, a segunda edição da cartilha impressa ganhou 87 ideias, uma versão on line em forma de teste e traduções em inglês e espanhol. Agora, o Manual de Etiqueta vira aplicativo para iPhone e lança nova cartilha com mais 65 dicas, também disponíveis para download. Nesta página, você acessa tudo - sua história e versões – para tornar sua rotina ainda mais sustentável. Use e espalhe!


Fonte: Planeta Sustentável

A internacionalização da Amazônia


Posto aqui um texto de um dos poucos políticos que admiro, o Senador Cristovam Buarque e está publicado no livro "100 Discursos Históricos Brasileiros", de Carlos Figueiredo.

Em 2000, durante debate em uma Universidade americana, o senador Cristovam Buarque foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem que perguntou afirmou que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Eis a resposta:

"Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, durante um debate, nos Estados Unidos. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha. De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.

Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada.

Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."



domingo, 24 de julho de 2011

Piadas Nerds, o livro



O livro é uma compilação das melhores piadas já postadas pelo perfil de twitter @PiadasNerds. Abrange assuntos como séries de TV, matemática, ciências humanas, química, física, biologia, informática e cultura nerd. Piadinhas que precisam de um certo nível de conhecimento em certa área do conhecimento para seu entendimento, ou seja piadas nerds. Além disso o livro conta com ilustrações de Carlos Ruas e introduções de Fernando Caruso, Marcos Castro, Carol Zoccoli, Fernanda Poletto, Dulcidio Braz Jr, Atila Iamarino, Henrique Fedorowicz.

O Inocente, de Harlan Coben


Ao mesmo tempo forte e avassalador, o livro traz uma história que prende irresistivelmente a atenção - ela trata das escolhas que todos nós um dia somos obrigados a fazer e como alguns erros podem mudar nossa vida para sempre. Quando jovem, Matt Hunter matou acidentalmente um rapaz quando tentava separar uma briga. Foi preso e condenado a quatro anos de prisão. Agora, ao lado da esposa Olívia, grávida de seu primeiro filho, sua vida parece tranqüila, até que recebe misteriosas ligações em seu celular com câmera: imagens perturbadoras de Olívia e de um homem misterioso. Quando o sujeito morre com dois tiros no rosto, Matt passa a ser o principal suspeito não só desse homicídio, mas também de outros. Pois parece haver uma conexão macabra entre esses crimes e o passado de Matt... e o de Olívia também...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Caracóis conseguem sobreviver à digestão de pássaros



Os cientistas fizeram uma descoberta surpreendente: caracóis são capazes de sobreviver intactos depois de serem comidos por pássaros.

O pássaro olho-branco japonês, ou mejiro, come caracóis terrestres minúsculos. Porém, os pesquisadores japoneses descobriram que 15% dos caracóis comidos sobreviviam à digestão e eram encontrados vivos nas fezes das aves. Essa evidência sugere que aves podem ser um fator fundamental na forma como as populações de caracol se espalham.

É fato conhecido que sementes são dispersas por pássaros que comem frutas. Agora, os cientistas japoneses queriam investigar se os invertebrados também poderiam se espalhar dessa forma.

Pesquisas anteriores mostraram que os caracóis de água podiam sobreviver ao serem comidos por peixes, mas o mesmo não era conhecido para acontecer com caracóis terrestres – até o estudo da dieta das aves na ilha de Hahajima identificar a preferência do olho-branco pelo pequeno caracol terrestre Tornatellides boeningi.

Em laboratório, os cientistas alimentaram as aves com os caramujos para descobrir se algum deles sobreviveria ao processo digestivo. O resultado foi surpreendente: uma taxa elevada, cerca de 15%, ainda estavam vivos após passarem pelo intestino das aves.

Os cientistas também estudaram as diferenças genéticas das populações de T. boeningi encontradas por toda a ilha e descobriram uma variação considerável. Ao invés de acasalar apenas com caramujos nas proximidades, os resultados sugerem que diferentes populações fizeram contato apesar de seu isolamento geográfico.

A biogeografia de invertebrados terrestres, sem asas – caracóis em particular – sempre confrontava os cientistas com misteriosos padrões de dispersão de longa distância que só poderiam ser explicados por uma ajuda de aves ou ciclones.

A pesquisa concluiu que, de fato, as aves podem transportar um número substancial de caracóis terrestres em seu intestino, vivos. Um dos caracóis até deu à luz logo após passar através do intestino do pássaro.

Segundo os pesquisadores, o principal fator que permite os caramujos sobrevivam à digestão é seu pequeno tamanho. Um caracol de, em média, 2,5 milímetros se sai muito melhor do que espécies maiores estudadas anteriormente, cujas conchas foram severamente danificadas quando comidas por pássaros.

O próximo passo da pesquisa é descobrir se os caracóis minúsculos têm outras adaptações que lhes permitem sobreviver a tal passeio desagradável.

 
Fonte: BBC

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Hoje quando eu acordei o mundo estava esquisito

Aí vai uma música maneiríssima do CD do Gustavo Legal.



Quem sabem um dia todos nós acordaremos assim?!

Gostou? Você poderá ouvir um pouco mais na SEMAFO 2011...


 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Armadilha com chulé é usada para combate do mosquito da malária

Um jovem pesquisador da Tanzânia desenvolveu uma armadilha com chulé artificial que atrai quatro vezes mais o mosquito causador da malária do que outros meios de combate tradicionais. A pesquisa foi reconhecida e premiada nesta quarta-feira por duas organizações da América do Norte.

O chefe de pesquisa do Instituto de Saúde de Ifakara, na Tanzânia, Fredros Okumu, liderou a pesquisa. Sua equipe desenvolveu um odor artificial que imita o cheiro do chulé em meias e é colocado dentro de uma armadilha. O chulé pode atrair mosquitos em um raio de 110 metros de distância. Por conter substâncias venenosas em sua composição, o cheiro acaba matando os insetos.

Nesta quarta-feira, a Fundação Bill e Melinda Gates, dos Estados Unidos, e a Grand Challenge Canada concederam um prêmio de US$ 775 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) à equipe de Okumu para que dê continuidade aos estudos.

O experimento de Okumu foi baseado nos resultados da pesquisa do holandês Bart Knols, que há mais de uma década concluiu que o odor dos pés é um atrativo para as moscas.
A inovação promovida na Tanzânia, no entanto, é o cheiro artificial, mais eficiente, e o uso da armadilha com o inseticida.

"Nós sabiamos que, se você estiver vestindo uma meia, atrai o mosquito para o seu pé. Não por causa do material da meia, mas por causa do odor do pé, que adere ao tecido", disse. A pesquisa de Okumu, que durou dois anos, pretende amenizar um problema crônico na África e em outras regiões tropicais do mundo: o alto índice de mortes por malária.

A cada ano, 220 milhões de pessoas contraem a doença, transmitida por mosquitos, e cerca de 800 mil pessoas morrem, segundo a ONU. A grande maioria das vítimas são pobres e crianças. Okumu faz um apelo para que os investimentos no combate à malária não sejam interrompidos. Segundo ele, se o financiamento continuar no atual patamar pelos próximos dez anos, é possível que o mundo fique mais próximo da erradicação da malária.

Fonte: Folha.com

A vida nos arbustos


David Attenborough apresenta uma nova série de documentários (Life in the Undergrowth) sobre o universo em miniatura dos invertebrados, cuja produção levou cerca de dois anos Com câmaras de última geração, Attenborough leva os telespectadores ao mundo dos insetos. Para cada ser humano, existem 1,6 bilhão de invertebrados, e dependemos deles. Attenborough conta histórias como a do Limax flavus. O ritual de cruzamento dessa lesma termina quando fêmea e macho inflam enormes pênis azuis e depois põem ovos. A série analisa o vôo dos Ephemeroptera na Hungria. Como larvas, passam dois anos se alimentando embaixo d'água até a hora da reprodução, quando levantam vôo para se acasalar.


Os documentários mostram imagens de cor e beleza, como as borboletas iridescentes, as teias de aranha multicoloridas e miriápodes de um vermelho vivo. A aranha marrom, a mais comum de todas, não faz teia. A fêmea é uma mãe cuidadosa que põe os ovos numa cesta de seda, que ela carrega para onde for. A série mostra uma centopéia gigante que come morcegos, cujo método de ataque foi filmado pela primeira vez. Ela vive em cavernas na Venezuela e pode chegar a 33 centímetros. Um "verme de veludo" espirrando cola para prender sua presa. Segundo David Attenborough, a equipe conseguiu "câmeras minúsculas que foram colocadas na ponta de um cabo de fibra ótica".


Episódio 1 - A Invasão da Terra: como os artrópodes foram os primeiros animais a conquistar o ambiente terrestre.
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Episódio 2 - Alçando Vôo: sobre o vôo dos insetos. 
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Episódio 3 - Os Fiandeiros de Seda.
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Episódio 4 - Relações Íntimas: sobre interação entre os artrópodes.
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Episódio 5 – Super-sociedades: insetos sociais como abelhas e cupins.
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Legendas (cinco episódios): http://www.megaupload.com/?d=WC5KWU1Q


Alternativa às sacolas de plástico

Microbiologistas estão estudando a grande variedade de bactérias do umbigo


Pesquisadores do Projeto Diversidade da Vida estão estudando a vida microbiológica de uma das partes mais negligenciadas do corpo humano: o umbigo.

A pesquisa está analisando as bactérias de 95 pessoas, no qual foram encontradas 1.400 cepas de bactérias, sendo que deste total, 662 são encontradas comumente em vários locais de nossas casas. Os cientistas conseguiram concluir que, aproximadamente 40 espécies de bactérias são “nativas” da região do umbigo, o restante são microrganismos que estão de modo oportuno apenas lutando para sobreviver.

Dados como estes não eram plenamente conhecimentos pelos biólogos ou dermatologistas. O que mais surpreende a pesquisa, é que o projeto surgiu quase como uma brincadeira entre amigos de faculdade, resultando em dados sérios com análises inéditas.

Fonte: Jornal Ciência

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Micróbios aceleram aquecimento global



Mais dióxido de carbono (CO2) na atmosfera causa a liberacão pelo solo dos poderosos gases estufa metano e óxido nitroso, de acordo com pesquisa publicada neste semana da revista
Nature. "Este feedback para nossa atmosfera significa que a natureza não é tão eficiente para desacelerar o aquecimento global quanto se pensava anteriormente", afirma Kees Jan van Groenigen, pesquisador do departamento de botânica da Universidade de Ciências Naturais do Trinity College Dublin, e principal autor do estudo.

Van Groenigen, com colegas da Universidade do Norte do Arizona e da Universidade da Flórida, examinaram todas as pesquisas feitas até hoje em 49 diferentes experimentos, em sua maior parte da América do Norte, Europa e Ásia, e conduzidos em florestas, pastos, pântanos e campos agrícolas, incluindo os de arroz. O tema comum dos experimentos era que todos mediam quanto o CO2 extra na atmosfera afeta o modo como o solo absorve ou libera os gases metano e óxido nitroso. A equipe utilizou uma técnica estatística chamada meta-análise, uma ferramenta útil para encontrar padrões gerais em um mar de resultados conflitantes. "Até hoje, não havia consenso sobre este tópico, porque os resultados variavam de um estudo para o outro", explicou Craig Osenberg, da Universidade da Flórida, e co-autor do estudo. "No entanto, dois fortes padrões emergiram da análise de todos os dados: primeiro, o CO2 aumenta as emissões de óxido nitroso do solo em todos os ecossistemas e, segundo, em campos de arroz e pântanos, CO2 extra leva a mais liberação de metano".

Os culpados são organismos microscópicos no solo, que respiram as substâncias químicas como humanos respiram oxigênio. Os micróbios também produzem metano, um gás estufa 25 mais poderoso que o CO2, e óxido nitroso, 300 vezes mais poderoso que CO2. O fato de não usarem oxigênio é uma das razões pelas quais estes microorganismos florescem quando aumentam as concentrações de CO2. Van Groenigen explica: "Concentrações maiores de CO2 reduzem o uso da água pelas plantas, tornando os solos mais úmidos, o que por sua vez reduz a disponibilidade de oxigênio para o solo, favorecendo estes microorganismos".

A outra razão para que estes microoganismos se tornem mais ativos é que o aumento de CO2 faz com que as plantas cresçam mais rápido, e este crescimento extra dá aos microorganismos mais energia, o que acelera seu metabolismo. Este crescimento extra das plantas é uma das maneiras pelas quais ecossistemas podem desacelerar a mudança do clima. Com mais CO2, as plantas crescem mais, absorvendo CO2 através da fotossíntese, e a esperança é que elas armazenassem mais carbono em madeira e no solo. Mas este novo trabalho mostra que pelo menos parte do carbono extra também alimenta microorganismos cujos subprodutos, óxido nitroso e metano, acabam na atmosfera e contrabalançam os efeitos de resfriamento do maior crescimento das plantas. "É um ponto e contraponto ecológico: quanto mais as plantas armazenam CO2, mais micróbios liberam os gases estufa", disse Bruce Hungate, professor da Universidade do Norte do Arizona e co-autor do estudo. "O contraponto dos micróbios é apenas parcial, reduzindo o efeito de resfriamento das plantas em cerca de 20%." Mas isto é uma surpresa ecológica, e ela terá de ser levada em conta pelos modelos do clima para que eles refinem os cenários sobre o futuro.
Fonte: Planeta Sustentável

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cientistas descobrem superbactéria responsável por doença sexualmente transmissível resistente a antibiótico

Cientistas descobriram uma cepa de superbactéria de gonorreia no Japão que é resistente a todos os antibióticos e dizem que pode transformar o que antes seria uma infecção facilmente tratável num problema de saúde pública. A nova cepa da doença sexualmente transmissível, chamada de H041, não pode ser morta por nenhum tratamento atualmente conhecido para a gonorreia, deixando médicos sem opção, senão testar remédios ainda não usados contra a enfermidade.

Magnus Unemo, do Swedish Reference Laboratory for Pathogenic Neisseria, que descobriu a cepa com seus colegas japoneses com amostras coletadas em Kyoto, afirmou que ela era alarmante e previsível.

- Desde que antibiótico se tornaram o tratamento padrão para gonorreia nos anos 40, essa bactéria mostrou sua marcante capacidade de desenvolver mecanismos de resistência a todas as drogas introduzidas para controlar a doença- disse Unemo.

Em entrevista por telefone, Unemo, que apresentará os detalhes da descoberta numa conferência da Sociedade de Pesquisas sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Quebec, Canadá, nesta segunda-feira, disse que o fato de a cepa ter sido encontrada primeiro no Japão também é preocupante:
- O Japão tem sido historicamente o lugar onde ocorre a primeira emergência e a subsequente disseminação global de diferentes tipos de resistência a gonorreia.

A análise da cepa feita pela equipe concluiu que ela era extremamente resistente à classe de antibióticos cefalosporina - as últimas drogas remanescentes ainda eficientes no tratamento de gonorreia. A doença decorre de uma infecção bacteriana sexualmente transmissível e se não for tratada pode levar a doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica (na qual o óvulo fertilizado se desenvolve fora do útero) e infertilidade em mulheres.

Trata-se de uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns do mundo e tem a maior ocorrência no sul e sudeste da Ásia e na África Sub-saariana. No último ano, após um crescente número de registros de casos de resistência ao medicamento usado para combater a doença em Hong Kong, China, Austrália e outras partes da Ásia, cientistas britânicos disseram que havia um risco real de a gonorreia se tornar uma superbactéria - uma bactéria que sofre mutação e se torna resistente a múltiplas classes de antibióticos.

Especialistas dizem que a melhor forma de reduzir o risco de aumento de resistência, além da urgência em desenvolver outros remédios, é tratar a doença com combinações de dois ou mais tipos de antibiótico ao mesmo tempo. Essa técnica é usada no tratamento de algumas outras doenças, como a tuberculose, numa tentativa de tornar mais difícil para a bactérias aprender como burlar o efeito da droga.
Unemo disse, no entanto, que a experiência anterior de graus de resistência adquirida pela gonorreia sugere que esta nova cepa resistente a múltiplas drogas pode se espalhar ao redor do mundo dentro de algumas décadas.
- Com base nos dados históricos, afirmou que a resistência emergiu e se espalhou internacionalmente dentro de 10 a 20 anos - disse ele.

Fonte: O Globo

terça-feira, 12 de julho de 2011

Cogumelo bioluminescente é redescoberto no Brasil


Pesquisadores brasileiros encontraram, no Piauí, um tipo de cogumelo que não se via há 170 anos. Sob a nomenclatura científica de Neonothopanus gardneri, o fungo chama atenção por ser bioluminescente. A pesquisa, feita por um grupo de cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e das universidades americanas de São Francisco e de Hilo, no Havaí, será publicada na revista Mycologia.
Em entrevista à BBC Brasil, o professor Cassius Vinicius Stevani, do Instituto de Química da USP revelou que, do grupo de cogumelos que emite luz, este é o maior e mais ‘brilhoso’ já encontrado no Brasil.
Há 71 espécies de fungos que emitem luz, 12 delas no Brasil. Ainda que os cientistas não saibam qual é o processo químico que permite que o cogumelo emita luz, uma das teses é de que seja uma estratégia para atrair insetos, ajudando os fungos a dispersar seus esporos para a reprodução.
O pesquisador conta que descobriu a existência dos fungos em 2001 e, desde então, recebe fotos e relatos de Tocantins e Goiás a respeito de um ‘cogumelo grande, amarelo, que emitia uma luz’. Stevani acrescentou que já participou de expedições noturnas para a coleta do cogumelo, e que as buscas acontecem em noites “escuras, de lua nova, com as lanternas desligadas”.
Conhecido popularmente como ‘Flor de coco’, o fungo foi descoberto em 1840 por um botânico britânico, que viu garotos brincando com o que pensou serem vagalumes, na cidade de Natividade, em Tocantins. Este cogumelo, no entanto, foi classificado como Agaricus gardeni e não tinha sido visto até então.
Fonte: Jornal do Brasil

Biólogos querem estimular o consumo de animais marinhos invasores para salvar espécies ameaçadas



Um predador marinho voraz, conhecido por suas listras coloridas e seus espinhos dorsais venenosos, está devastando populações de peixes de outras espécies que vivem e se abrigam em recifes de corais na costa da Flórida e do Caribe. O invasor peixe-leão - nativo da região Indo-Pacífica, que pode viver até 15 anos e pesar até 200g - se tornou uma das grandes preocupações de biólogos e ambientalistas. E especialistas acreditam que a solução é estimular o consumo deste peixe e de outros invasores marinhos para manter o equilíbrio.

- Os humanos são os predadores mais onipresentes - disse ao "New York Times" Philip Kramer, diretor do programa para Conservação da Natureza do Caribe. - Em vez de comer algo como sopa de barbatana de tubarão, por que não uma espécie que está causando dano, e assim dar uma contribuição positiva?

Espécies invasoras se tornaram um sério problema nos Estados Unidos. Exemplos são a grande população de carpa asiática entupindo o rio Mississippi e de caranguejos verdes europeus aglomerando-se na costa. Com poucos predadores naturais na América do Norte, o número de invasores marinhos de reprodução rápida tem aumentado em águas americanas, comendo criaturas nativas e competindo por alimentos e habitats. Por isso, ambientalistas sugerem a elaboração de cardápios nos quais a carpa asiática poderia substituir o robalo chileno ameaçado, e o peixe-leão, a garoupa, vítima de sobrepesca.

- Pode haver um mercado real - disse Wenonah Hauter, diretora-executiva do Food and Water Watch, que edita o Smart Seafood e recomenda pela primeira vez que consumidores se interessem e experimentem espécies invasoras, porque seria um hábito mais seguro e sustentável, e uma alternativa a espécies ameaçadas, estimulando pescadores e mercados a capturá-los - diz a diretora, que já tem uma lista de chefs famosos para criar e promover pratos com os invasores marinhos.

Pesquisadores enfatizam que o consumo é apenas parte do que é necessário para controlar os invasores e recuperar as populações de peixes nativos. Um plano abrangente deve incluir a introdução de peixes predadores em habitats esvaziados deles e erguer barreiras físicas para impedir a maior disseminação de invasores.

- Só comer espécies invasoras não resolverá o problema, mas em alguns lugares pode ser uma estratégia muito útil - disse Kramer.

O United States Fish and Wildlife Service está fazendo estudos para saber em quais áreas essa medida seria mais eficaz. Projetos sugerem que a pesca comercial de carpas asiáticas no Mississipi ajudaria a controlar as populações na região, como parte de um programa integrado de manejo de pragas - disse Valerie Fellows, porta-voz do órgão.

Na prática, ainda não está claro se incentivar a pesca comercial de invasores poderá ter impacto significativo, comentou Valerie. O Corpo de Engenheiros do Exército já gastou milhões de dólares para erguer barreiras eletrônicas que mantenha a carpa asiática longe do Rio Illinois na região dos Grandes Lagos.

E há riscos ao aguçar o apetite dos americanos. A comercialização de uma espécie invasora pode torná-la tão popular que os peixes sejam lançados para se reproduzirem onde ainda não existem, piorando o problema. A tilápia foi originalmente importada para a América Latina para controle de ervas daninhas e insetos, mas sua comercialização ajudou a espécie a se espalhar mais amplamente do que o pretendido.

Um outro problema, diz Kramer, é que a comercialização do peixe-leão pode aumentar o número de armadilhas em recifes, o que levaria à captura de outros peixes. Para este caso específico, ele acredita que a caça submarina seria uma forma sustentável.

E há outras questões a serem resolvidas. Os livros de receitas não dizem muito sobre como preparar uma carpa asiática, que tem estrutura óssea incomum. E mesmo que se crie o interesse por sopa de caranguejo verde europeu, não há lugar para comprar o ingrediente principal, embora ele seja abundante no mar.

Para aumentar a demanda de culinária com espécies invasoras, a Food and Water Watch fez uma parceria com a Fundação James Beard e Kerry Heffernan, chef no restaurante South Gate, em Nova York, para elaborar receitas com as criaturas. No verão passado, a The Nature Conservancy patrocinou um evento no qual chefs criaram cardápios à base de peixe-leão nas Bahamas, espécie que chegou ao Caribe no início de 1990 e se espalhou.
Fonte: O Globo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ser Botafogo


Ser Botafogo é possuir uma espada de fogo e luz para enfrentar, iluminar e desbravar. É apreciar claras definições e alternativas extremas: a do branco e do negro. É ser súbito, safo, seguro de si. É saber o que quer e querer o que sabe. É ser estrela, solitária ou solidária, é tomar partido, ousar e desbravar.

Ser Botafogo mistura nobreza sem aristocracia com popularidade sem demagogia. É furar, varar, ultrapassar, chegar, enfrentar pedradas, tormentas e adversidades e sempre conhecer a melhor matéria do próprio sonho. É insistir e crer onde os fracos desistem. É sobranceira, guerra, gorro, rasgo, Biriba, Carlito Rocha, Macaé e superstição. É adorar o embate para torrar e moer a emoção.

Ser Botafogo é clarão do alto da montanha, é esquina carioca, atrito, vontade de “saldanhar” a opressão, é águia, água-forte, firmeza, mais ciência e fúria que pausa ou vacilação.

Ser Botafogo é “garrinchar” a vida com a elegância de um Nilton Santos e as peraltices de Quarentinha. É gostar de peleja, vitalidade, capacidade de decidir, autenticidade, batida de limão, filé com fritas, passear na chuva, sanduíche de mortadela, filme de heroísmo, goleiro valente, contrastes intensos; é curar gripe com alho, mel e agrião.

Ser Botafogo é saber discordar da desconfiança. É deprimir-se e recolher-se até voltar a labareda. Aí é bater de frente, olhar firme, detestar receio, medo, pântano, mentira e derrisão. É conhecer o risco e ousá-lo e tudo fazer com categoria e vontade de viver. É vencer.

Ser Botafogo é não desistir de insistir, de teimar e buscar. É faca, fato, feito, festa, furor. Queimadura.

Ser Botafogo é buscar a forma nobre de competir e saber empunhar a estrela da vitória maior. É fazer da vida festa e furacão; flor e labareda; esperança e realização.

                                                                  Artur da Távola (1936-2008)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Um Joystick, Um Violão - 02 - Assim Sem Você

O fim dos professores

O ano é 2.209 D.C. e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:
– Vovô, por que o mundo está acabando?

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.

– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?

O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?

– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.

– E como foi que eles desapareceram, vovô?

– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.

Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas
mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. Os professores eram vítimas da violência – física, verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.

Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.

Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão, sindicalistas – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.

Ah, mas teve um fator chave nessa história toda. Teve uma época longa chamada ditadura, quando os milicos colocaram os professores na alça de mira e quase acabaram com eles, que foram perseguidos, aposentados, expulsos do país, em nome do combate aos subversivos e à instalação de uma república sindical no país. Eles fracassaram, porque a tal da república sindical se instalou, os tais subversivos tomaram o poder, implantaram uma tal de “educação libertadora” que ninguém nunca soube o que é, fizeram a aprovação
automática dos alunos com apoio dos políticos... Foi o tiro de misericórdia nos professores. Não sei o que foi pior – os milicos ou os tais dos subversivos.
– Não conheço essa palavra. O que é um milico, vovô?

– Era, meu filho, era, não é. Também não existem mais...
Autoria desconhecida