quarta-feira, 29 de junho de 2011

Era uma vez uma vaca Vitória: morre o primeiro clone brasileiro



Aos dez anos, morreu de complicações da velhice no último dia 17, no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB), o clone bovino Vitória, criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O nascimento da vaca em 17 de março de 2001 representou um marco para a ciência, por se tratar do primeiro animal clonado na América Latina.

Para clonar Vitória foi usada a técnica de transferência nuclear a partir de células embrionárias, e ela teve um bom desenvolvimento para os padrões da raça Simental. Mas complicações causadas por uma pneumonia bacteriana, agravadas pela idade avançada levaram o animal à morte. Em média, uma vaca vive cerca de 15 anos.

Em 2004, Vitória gerou a sua primeira cria, comprovando que era um clone perfeito do ponto de vista científico e de produção, levando em consideração o potencial reprodutivo e a capacidade materna. E em 2006, nasceu seu segundo filhote. Além desses dois, ela teve dois "netos", todos nascidos de forma natural.

E o domínio da tecnologia, alcançado com o nascimento de Vitória, deu origem a outro resultado de sucesso no campo da clonagem animal na Embrapa com o nascimento de "Lenda da Embrapa", da raça holandesa em 2003. Em 2005, foi a vez de "Porã", que além de clone bovino, carrega ainda outra característica importante. O animal é da raça Junqueira e faz parte do Programa de Conservação e Uso de Recursos Genéticos Animais da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia por estar em estado crítico de extinção no Brasil, com menos de cem animais em todo o país. Todos os clones já têm crias.

Fonte: O Globo


Nenhum comentário:

Postar um comentário