O maior peixe do mundo tem um nome ameaçador, mas na verdade é uma das espécies mais dóceis do oceano. O Tubarão-baleia (Rhincodon typus) mede até 20 metros de comprimento, pesa cerca de 30 toneladas, tem a pele com 10 centímetros de espessura e a boca com centenas de dentes.
Essa espécie pode ser encontrada nos oceanos de todo o mundo, embora a maioria esteja nas águas das Filipinas, do Golfo do México e da Austrália Ocidental. Sua presença em nossos mares data do período Jurássico e Cretáceo; a primeira observação se deu em 1828.
Estes animais possuem largas cabeças chatas, tem a coloração acinzentada salpicados com manchas brancas. Apesar do tamanho, os tubarões-baleia se alimentam se plâncton e ovos de peixes (como relatou um recente estudo realizado com um grupo de 400 tubarões-baleia na região do Golfo do México). Durante a primavera grande parte desses animais migra para a Austrália Ocidental em busca de alimento em maior abundância.
O tubarão-baleia não representa um risco para os seres humanos, em várias regiões pelo mundo é comum tê-los como parte das atrações turísticas. Vale salientar que esta prática de entretenimento para os homens pode ser bastante prejudicial para essa espécie aquática.
Reconhecendo a importância do tubarão-baleia tanto para o turismo quanto (principalmente) para a manutenção do equilíbrio do ecossistema marinho, a caça deste animal foi proibida em países como Filipinas (em 1998), Índia (em 2001) e Taiwan (em 2007). Mesmo com iniciativas como essas, a caça predatória deste peixe ocorre de modo ilegal em diversas localidades da Ásia, com destaque para a Indonésia.
Apesar da enorme população desses animais, a União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais classificou o tubarão-baleia como vulnerável na lista vermelha dos animais ameaçados de extinção. Isso significa que a espécie pode desaparecer no futuro em médio prazo, e a principal ameaça é a pesca arpão.
Menor exemplar registrado (38 cm - Filipinas)
Fonte: Jornal Ciência (Adaptação)
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