Para um leigo, a resposta pode ser óbvia, mas para um biólogo evolutivo, nem tanto. A pergunta que se faz é o porquê as fêmeas de muitas espécies socialmente monógamas resolvem colocar um belo par de chifres nos seus parceiros.
Segundos os cientistas, a explicação para a traição dos machos é direta e simples: quanto mais o macho copular com outras fêmeas, mais filhotes terá e assim seus genes se perpetuarão. Mas para as fêmeas, a resposta é mais complexa.
Estudos recentes mostram que as fêmeas assumem riscos maiores ao cometer infidelidade, desde o abandono do seu macho até a propagação de doenças sexualmente transmissíveis, passando pela possibilidade de ataque por um predador. Entretanto, as fêmeas continuam a procurar relações fora do “casamento”.
Pesquisadores do Instituto Max Planck de Ornitologia,na Alemanha, têm agora uma explicação bem peculiar para tal fato: a genética. Depois de estudar ao longo de 5 gerações um grupo de 1.500 mandarins (um pequeno pássaro nativo da austrália e de hábito monogâmico), os cientistas chegaram à conclusão de que as fêmeas que copulam com vários parceiros são filhas de machos promíscuos que também faziam o mesmo.
Sem qualquer outra evidência científica, este pequeno pássaro, de apenas 15 centímetros, foi durante décadas uma espécie de cobaia, na qual permite aos cientistas desta pesquisa afirmar categoricamente que o resultado desta pesquisa genética em mandarins também pode ser aplicada aos seres humanos. Ou seja, as filhas dos homens promíscuos também seriam promíscuas.
Fonte: Publico.es
Tweet
Nenhum comentário:
Postar um comentário