Cada vez menos pessoas infectadas com o vírus HIV estão morrendo,
revelou relatório do Programa de Aids das Nações Unidas (Unaids) divulgado
ontem. O número de novas infecções também está diminuindo. A redução
significativa do número de mortes e novos casos da doença nos últimos anos está
diretamente relacionada ao maior acesso a drogas cruciais, principalmente na
África Subsaariana.
As Nações Unidas estimam que cerca de 34 milhões de pessoas
vivem hoje com o vírus da Aids em todo o mundo. O relatório mostra também que,
no ano passado, 1,7 milhões de pessoas morreram por conta da doença. O número
revela uma queda consistente do número de óbitos, que era de 1,8 milhões em
2010 e 2,3 milhões em 2005, o maior já registrado. O registro de novas
infecções também vem caindo: de 2,6 milhões em 2010 para 2,5 milhões em 2011.
A quantidade de crianças contaminadas diminuiu
significativamente. Foram 330 mil menores de 15 anos infectados em 2011 em todo
o mundo, uma queda de 24% quando comparado com 2009. O relatório destaca que a
quantidade de infecções em crianças em 2003 — no auge da epidemia — foi de 570
mil.
O declínio ocorre porque cada vez mais pessoas têm acesso
aos remédios do coquetel anti-Aids. De acordo com o Unaids, 8 milhões de
pessoas em países pobres e em desenvolvimento estão recebendo os
antirretrovirais — 1,4 milhão a mais do que no ano anterior — e, a meta, é que
esse número chegue a 15 milhões até 2015.
"O maior acesso ao tratamento antiretroviral vem
ajudando a reduzir novas infecções por HIV. Os efeitos positivos do tratamento ao
suprimir a carga viral em pessoas vivendo com HIV estão ajudando a interromper
a transmissão do HIV. As mudanças comportamentais, combinadas com o curso
natural da epidemia e o aumento no acesso ao tratamento antirretroviral,
resultaram num declínio contínuo nas novas infecções por HIV", diz o
Unaids em nota distribuída à imprensa.
Segundo o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, há no Brasil 350 mil pessoas com
Aids. Além delas calcula-se em 250 mil a quantidade de infectados com HIV que
desconhecem ter o vírus. Greco disse ainda que em 2011, em torno de 12 mil
pessoas morreram em decorrência da Aids no Brasil, e que a cada ano, até 30 mil
são infectadas.
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