segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Peixe sofreu mutação para resistir ao hábitat poluído

O peixe da espécie Microgadus tomcod, da família do bacalhau, sofreu uma espécie de mutação para poder sobreviver nas águas poluídas do Rio Hudson, em Nova York.  Estes pequenos peixes marrons vivem nas proximidades de várias fábricas da General Electric (GE), que despejaram toxinas no rio da década de 50 até a década de 80, quando o processo foi interrompido. Mas os produtos químicos, como dioxinas e bifenilpoliclorados, conhecidos como PCBs, ainda podem ser encontrados em grandes concentrações na água do rio.
Quando o despejo de produtos químicos no rio foi encerrado, 30 anos atrás, 94% dos peixes Microgadus tomcod sofreram com tumores no fígado. Com esses dados em mãos, o pesquisador Isaac Wirgin, da Universidade de Nova York (NYU), passou décadas estudando como o animal se adaptou ao habitat. Wirgin descobriu que os peixes ficaram altamente resistentes aos efeitos do PCB e da dioxina.
De acordo com a pesquisa, publicada na Science, o Microgadus tomcod sofreu uma mutação e agora possui um gene que reduz os efeitos da dioxina e do PCB, permitindo que a espécie continue sobrevivendo na região contaminada.
O grande problema, de acordo com o cientista, é que o animal agora virou uma ameaça aos seus predadores e aos homens, que estão no topo da cadeia alimentar. Com a resistência aos produtos químicos, o peixe acumula toxinas em seu corpo e transfere os produtos para seus predadores, que não estão adaptados para resistir ao tóxico.

Fonte: Galileu

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ilha das Flores


Curta-metragem brasileiro escrito e dirigido por Jorge Furtado em 1989. Ganhador de vários prêmios, entre eles o Urso de Prata para curta metragem no 40º International Filmfestival (Berlim, 1990), este documentário trata da desigualdade social gerada pelo sistema econômico no qual estamos inseridos, através da trajetória de um tomate desde a sua colheita até o destino final: um lixão na periferia de Porto Alegre, onde fica claro que não há diferenças entre animais e humanos.




 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Síndrome de Tourette

Seguem dois vídeos do programa da Oprah Winfrey onde são apresentados e discutidos os problemas enfrentados por crianças e adolescentes portadores da Síndrome de Tourette.

Parte 1



Parte 2





quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Front of the Class

Aí vai uma dica de filme: Front of the Class.





Baseado em fatos reais, o filme é sobre um homem com síndrome de Tourette que desafia a todos a se tornar um excelente professor.

A síndrome de Tourette é uma desordem neurológica caracterizada por tiques, reações rápidas, movimentos repentinos (espasmos) ou vocalizações que ocorrem repetidamente da mesma maneira.


Por conta da "sua companheira" (Tourette), Brad Cohen não teve uma vida difícil. Sofreu com discriminação e incompreensão de professores, colegas e até mesmo seu pai. Os médicos não conseguiam determinar a causa daqueles sons estranhos que Brad emitia e sugeriam diferentes tratamentos, mas a persistência de sua mãe na busca por respostas levou-a a descobrir o que realmente Brad tinha. Aos 12 anos ele decide não deixar a síndrome vencê-lo.

Quando muda de escola, Brad acha que tudo será diferente. Estava enganado. Ele continua não conseguindo controlar seus tiques e vocalizações e, durante uma aula a professora o manda à sala do diretor, que toma uma atitude que surpreenderá a todos.

Brad tinha um sonho: ser professor. E ele decide que com ou sem Tourette ele o alcançaria. Mas como sempre em sua vida, não foi fácil. Depois de muitas entrevistas, discriminação, choro e raiva seu sonho se torna realidade.

Você se emocionará e verá que não há limitações que o impeçam de alcançar seus sonhos.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Trabalhando com paródias - I

Dentre os muitos problemas enfrentados pelo professor na sua jornada cotidiana está o desafio de tornar suas aulas mais atraentes, prazerosas e estimulantes para ele e seus alunos. Há muito tempo essa questão é discutida nas universidades, programas de TV, revistas especializadas, etc. e muitas alternativas têm sido propostas. Em se tratando do ensino de Ciências, uma forma interessante de trabalhar o conteúdo é a utilização de músicas e paródias. Vários autores destacam o uso de músicas e paródias como  alternativa para enriquecer ou modificar a prática docente, além de serem importantes ferramentas para estimular o interesse, a criatividade, o trabalho em grupo e o desenvolvimento cognitivo dos alunos gerando também motivação, além de um melhor rendimento no que se refere às avaliações. O mais interessante disso é que não há restrições quanto ao segmento de ensino para sua aplicação. Já desenvolvi trabalhos nesse sentido com alunos de 6º e 7º ano do ensino fundamental, 2º ano do ensino médio e até com alunos de graduação do curso de Ciências Biológicas.
Como isso foi feito? No caso dos alunos do ensino fundamental e médio, apresentei uma paródia relacionada ao conteúdo estudado. A partir daí, propus que eles se dividissem em grupos e criassem suas próprias paródias utilizando para tal os mais diferentes estilos musicais, para apresentarem em sala de aula. O resultado foi surpreendente. Aqueles alunos chamados “problema” quase sempre eram os mais animados e, em geral faziam as paródias mais engraçadas... As aulas eram divertidíssimas! Havia casos de paródia da paródia. Alunos pegavam a minha paródia e criavam as suas... Nas avaliações, houve casos dos alunos responderem as questões com versos inteiros das paródias criadas por eles.
Na graduação, trabalhamos com alunos do curso de Biologia que, como futuros professores, enfrentariam os desafios de como motivar os alunos, como estimulá-los e tornar suas aulas mais interessantes. Seguiu-se a mesma metodologia. Eles deveriam criar paródias para utilização em suas próprias aulas. Confesso que fique meio apreensivo, achei que eles não “comprariam” a idéia. Para minha surpresa, no dia da apresentação a sala de aula parecia um estúdio musical, havia teclado, violões, gaita... Ficamos horas e horas, cantando, rindo, aprendendo...
Interessante também, foi a variedade de estilos escolhidos para a criação das paródias: MPB, samba, rock, pop, gospel...
Seguem duas paródias criadas nessas atividades. Em breve postarei mais.

 

 A malária me fez sentir muita dor

          

                           Que nem maré

                                                (Jorge Vercilo)


Tô com um febrão
Porque fui picado
Por um mosquitão
O Anopheles ta aí
Em regiões alagadas perto de ti

A malária me fez sentir muita dor
Eu tomei um remédio chamado Cloroquina
Foi o que melhorou
O remédio aliviou minha dor

Faz um tempão
Que eu tô passando
Essa situação
O plasmódio tá num lugar
No fígado, no meu baço ou glóbulos vermelhos

A malária me fez sentir muita dor
Eu fiquei com anemia e falta de ar
Depois o tremor começou
A malária me desanimou




 

Tricomoníase


                               Anna Júlia
                                                (Los Hermanos)

Quem te vê passar assim por mim
Não sabe o que é sofre
Ter que ver você assim, toda ferida
Com um cheiro de “cheetos” de enjoar, é triste de inalar
Na incerteza dessa dor, de achar que era nada
Inflamação na vagina corre um líquido branco ou amarelado.

É, tricomoníase. É,  tricomoníase.

Nunca acreditei na ilusão de ter essa doença
E atormenta de montão, o nosso clima
Eu passando o dia a esperar o corrimento parar
Quando tudo tiver fim, quero saber
Se foi com outro cara ou se fui eu amorzinho
Será sempre um espinho na nossa relação.

É, tricomoníase. É,  tricomoníase.

Sei que você já não quer o meu amor
Sei que você já não gosta mais de mim
Eu sei que eu não sou quem você sempre sonhou
Mais vou reconquistar o seu amor todo pra mim

É, tricomoníase. É,  tricomoníase.


  
Sugestão de leitura:
AZEVEDO, M. J. da C. A música como instrumento de construção de competências. In: Encontro Regional de Ensino de Biologia, Niterói. Novo milênio, novas práticas educacionais?. Sociedade brasileira de Ensino de Biologia, 2001. 
MIRANDA, J. C.  A música como instrumento do ensino de Ciências. In: VIII EPEB - Biologia e cidadania: contextos de ensino e produção científica, São Paulo. Anais do VII EPEB, 2002. 

MIRANDA, J. C.  Futuros professores e a produção de paródias como recurso didático para o ensino de Ciências. In: II EREBIO, São Gonçalo. Formação de professores de Biologia: articulando universidade e escola, 2003. 







domingo, 20 de fevereiro de 2011

Biólogo não...

Biólogos são figuras pitorescas. Esse texto mostra o que nos faz "diferentes" das pessoas "comuns":




Biólogo não... 

Biólogo não come, degusta.
Biólogo não cheira, olfata.
Biólogo não toca, tateia.
Biólogo não respira, quebra carboidratos.
Biólogo não tem depressão, tem disfunção no hipotálamo.
Biólogo não admira a natureza, analisa o ecossistema.
Biólogo não elogia, descreve processos.
Biólogo não tem reflexos, tem mensagem neurotransmitida involuntária.
Biólogo não facilita discussões, catalisa substratos.
Biólogo não transa, copula.
Biólogo não admite algo sem resposta, diz que é hereditário.
Biólogo não fala, coordena vibrações nas cordas vocais.
Biólogo não pensa, faz sinapses.
Biólogo não toma susto, recebe resposta galvânica incoerente.
Biólogo não chora, produz secreções lacrimais.
Biólogo não espera retorno de chamadas, espera feed backs.
Biólogo não se apaixona, sofre reações químicas.
Biólogo não perde energia, gasta ATP.
Biólogo não divide, faz meioses.
Biólogo não faz mudanças, processa evoluções.
Biólogo não falece, tem morte histológica.
Biólogo não se desprende do espírito, transforma sua energia.
Biólogo não deixa filhos, apresenta sucesso reprodutivo.
Biólogo não deixa herança, deixa pool gênico.
Biólogo não tem inventário, tem hereditário.
Biólogo não deixa herdeiros ricos, pois seu valor é por peso vivo.
(Autoria desconhecida)


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Publicações

Seguem os links de alguns artigos publicados pela equipe do Laboratório de Ecologia de Peixes - UERJ, em 2010:


Ocorrência da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus Linnaeus, 1758 na microbacia do rio Mato Grosso, Saquarema, Rio de Janeiro. SaBios, v. 5, p. 47-50, 2010.
http://revista.grupointegrado.br/revista/index.php/sabios2/article/view/622/330


Alimentação e padrões ecomorfológicos das espécies de peixes de riacho do alto rio Tocantins, Goiás, Brasil. Iheringia. Série Zoologia, v. 100, p. 162-168, 2010.
http://www.scielo.br/pdf/isz/v100n2/a12v1002.pdf



Mesohabitat indicator species in a coastal stream of the Atlantic rainforest, Rio de Janeiro-Brazil. Revista de Biología Tropical, v. 58, p. 1479-1487, 2010.
http://www.ots.ac.cr/tropiweb/attachments/volumes/vol58-4/32_Ferreira_Rainforest_Species_Brazil.pdf



Diet and feeding daily rhythm of Pimelodella lateristriga (Osteichthyes, Siluriformes) in a coastal stream from Serra do Mar - RJ. Brazilian Journal of Biology, v. 70, p. 1123-1129, 2010. http://www.scielo.br/pdf/bjb/v70n4/a31v70n4.pdf



Feeding ecology of Hypostomus punctatus Valenciennes, 1840 (Osteichthyes, Loricariidae) in a costal stream from Southeast Brazil. Brazilian Journal of Biology, v. 70, p. 569-574, 2010.
http://www.scielo.br/pdf/bjb/v70n3/13.pdf



 Feeding Ecology of Phalloceros anisophallos (Osteichthyes: Cyprinodontiformes) from Andorinha Stream, Ilha Grande, Brazil. Neotropical Ichthyology, v. 8, p. 179-182, 2010.
http://www.scielo.br/pdf/ni/v8n1/v08n1a21.pdf



Ecologia e ontogenia da alimentação de Astyanax janeiroensis (Osteichthyes, Characidae) de um riacho costeiro do sudeste do Brasil. Biota Neotropica, v. 10, p. 1-8, 2010.
http://www.scielo.br/pdf/bn/v10n3/05.pdf


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Homem e o Meio Ambiente


Existem inúmeras definições para meio ambiente. Em geral, as pessoas o associam à natureza, bichos na mata, peixes no mar, etc. De forma simples, podemos defini-lo como o local onde os seres vivem.

De modo geral, há harmonia nas relações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente. Essa harmonia é importante para a manutenção das diferentes populações e equilíbrio dos ecossistemas. A única espécie que “quebra” esse processo harmônico é a Homo sapiens – o homem. Um ser especial, dotado de inteligência, que tenta compreender e transformar tudo que está à sua volta: constrói cidades, extrai recursos da natureza, produz ferramentas, enfim, tudo que lhe traga conforto, tornando sua vida mais fácil. E tudo isso se traduz na imensa capacidade de causar alterações e desequilíbrio. Poluição das águas e do ar, desmatamentos, despejo de esgoto sem tratamentos em corpos d’água e produção de lixo são exemplos de agressões que fazemos ao meio ambiente. Muitas vezes, esquecemos que somos parte dele e que toda e qualquer ação se reflete também em nossa qualidade de vida.

Em nossos dias há uma crescente preocupação em relação às questões ambientais e o futuro do planeta. O cenário vislumbrado não é dos melhores. O ritmo da destruição é mais rápido do que podemos reverter. Por isso é necessária a mudança de uma cultura de degradação para uma cultura de preservação. Precisamos fazer a diferença. Pensando globalmente, mas agindo localmente em nossas casas, escolas, igrejas e comunidades. Pare e reflita: de que forma posso contribuir para um mundo melhor?!

Texto publicado no Jornal Informativo da PIBSG, São Gonçalo, v. 2, 01 jul. 2008

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Planeta Água

Texto publicado no Jornal Informativo da PIBSG, São Gonçalo, v. 26, 01 jul. 2010.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cilada, de Harlan Coben


Como fã dos livros de Harlan Coben, não poderia deixar de sugerir mais uma leitura sensacional. Cilada é o novo livro lançado pela Editora Sextante. Empolgante e surpreendente como os outros sucessos do autor, Cilada é cheio de mistérios e reviravoltas. Você ficará impressionado com o desfecho e, como Harlan Coben diz no vídeo, também te desafio a ler e descobrir o final. Você ficará suspreso!!!




Sinopse do livro:

Haley McWaid tem 17 anos. É aluna exemplar, disciplinada, ama esportes e sonha entrar para uma boa faculdade. Por isso, quando certa noite ela não volta para casa e três meses transcorrem sem que se tenha nenhuma notícia dela, todos na cidade começam a imaginar o pior.
O assistente social Dan Mercer recebe um estranho telefonema de uma adolescente e vai a seu encontro. Ao chegar ao local, ele é surpreendido pela equipe de um programa de televisão, que o exibe em rede nacional como pedófilo. Inocentado por falta de provas, Dan é morto logo em seguida.
Na junção dessas duas histórias está Wendy Tynes, a repórter que armou a cilada para Dan e que se torna a única testemunha de seu assassinato. Wendy sempre confiou apenas nos fatos, mas seu instinto lhe diz que Mercer talvez não fosse culpado. Agora ela precisa descobrir se desmascarou um criminoso ou causou a morte de um inocente.
Nas investigações da morte de Dan e do desaparecimento de Haley, verdades inimagináveis são reveladas e a fragilidade de vidas aparentemente normais é posta à prova. Todos têm algo a esconder e os segredos se interligam e se completam em um elaborado mosaico de mistérios.
Harlan Coben mais uma vez deixa o leitor sem ar. Cilada fala de culpa, luto e perdão em uma trama repleta de reviravoltas surpreendentes. Nada é o que parece e tudo pode ser desfeito até a última página.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pulga d'água tem maior número de genes entre espécies animais

Um estudo divulgado pela revista "Science" nesta quinta-feira (3) revelou o maior genoma entre todas as espécies animais já estudadas no mundo: o crustáceo de água doce pulga d'água (Daphnia pulex), quase microscópico, com 31 mil genes - 8 mil a mais que os humanos.


Daphnia genoma 1 (Foto: Jan Michels / Universidade de Kiel)
Pulga d'água é encontrada em água doce.
(Foto: Jan Michels / Universidade de Kiel)


O crustáceo é o primeiro a ter o seu DNA completamente mapeado. Os responsáveis pela façanha foram os membros de um grupo de cientistas conhecido como Daphnia Genomics Consortium. O projeto conta com a participação do Departamento de Energia norte-americano.
A espécie é estudada há anos pelo papel importante que desempenha em cadeias alimentares aquáticas e pela capacidade de adaptação a estresses nos ambientes em que vive. O invertebrado também chama a atenção por conseguir se reproduzir, em condições extremas, sem a necessidade de um indivíduo macho.
Mais de um terço dos genes do crustáceo não foram documentados em nenhuma outro organismo, sendo completamente novos para a ciência. Entre os invertebrados já sequenciados, é a espécie com mais genes compartilhados com humanos.

Daphnia genoma 2 (Foto: Paul D.N. Hebert, Universidade de Guelph)
'Daphnia' com crias geneticamente iguais.
(Foto: Paul D.N. Hebert, Universidade de Guelph)
 
 
O animal está virando modelo para um campo de estudos da ciência conhecido como genômica ambiental, que tem o objetivo de conhecer como genes e o ambiente interagem.
As semelhanças com o genoma humano e a capacidade de adaptação a ambientes extremos torna importante o estudo do DNA da espécie Daphnia pulex, segundo os cientistas. O animal é usado como um "sensor aquático", podendo servir para medir como mudanças no ambiente afetam os seres vivos - inclusive humanos - em níveis molecular e celular.
A aplicação do conhecimento sobre os genes do crustáceo e a relação com o meio ambiente passa desde a manutenção de recursos hídricos até a estudos sobre saúde humana, especialmente para avaliar a extensão do dano de poluentes químicos em águas poluídas às pessoas.

                                                                                                                                                  Fonte: G1