terça-feira, 10 de abril de 2012

A importância da Vitamina D

Uma série de três pesquisas internacionais recentemente publicadas sobre a vitamina D avaliou aspectos diferentes sobre o tema. De acordo com Fabiano Sandrini, endocrinologista e responsável médico do Bronstein Medicina Diagnóstica, duas pesquisas detectaram a importância da vitamina e a terceira reforçou que ela deve estar presente no organismo, mas não em excesso.
O primeiro estudo será publicado na edição de abril do Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism e foi desenvolvido por médicos da Universidade de Graz, na Áustria, com cerca de 1 mil mulheres residentes em asilos, idosas estas com idade média de 84 anos. A conclusão é que a deficiência da vitamina D é comum entre mulheres que vivem neste tipo de lares e é associada a um risco aumentado de mortalidade.
A pesquisa avaliou que 284 (30%) das pacientes morreram depois de uma estadia média contínua de 27 meses nos asilos. As descobertas destacam a necessidade de impedir e tratar a deficiência da vitamina D, já que quase 93% das idosas pesquisadas tinham níveis de vitamina D abaixo do recomendado. As descobertas mostraram que a maioria das mulheres que vivem em asilo é deficiente da vitamina D e aquelas com os níveis mais baixos da vitamina estavam com o risco de mortalidade elevado,” diz Sandrini, que é PhD em Endocrinologia.
O especialista explica ainda que a deficiência da vitamina D é um fator de risco para problemas dos ossos e que o suplemento de vitamina D pode trazer benefícios significativos e resultados clínicos relevantes, tais como a diminuição de fraturas.
O segundo estudo foi desenvolvido por médicos do Hospital de Boston e publicado no Pediatrics & Adolescent Medicine. Esta pesquisa detectou que as adolescentes que usavam suplementos de vitamina D em suas dietas tinham menor probabilidade de sofrer fratura do estresse do que aquelas que não usavam suplemento.  As fraturas do estresse são pequenas rachaduras no osso que afetam as pessoas que fazem exercício de alto impacto, especialmente as adolescentes,  porque a força do osso nessa idade é ligada ao risco da osteoporose.
"O estudo leva a crer que as adolescentes devem começar a avaliar os níveis vitamina D" , conclui Sandrini.
A pesquisa foi feita com cerca de  7 mil  meninas e adolescentes, entre 9 e 15 anos, examinadas anualmente entre 1996 e 2001, sobre seus hábitos alimentares e uso de suplementos à vitamina. Apenas 4% destas meninas tinha tido uma fratura do estresse. O PhD em Endocrinologia lembra que a vitamina D é necessária para o absorção do cálcio, e que ela está naturalmente produzida quando a pessoa fica exposta ao sol. 
Já o último estudo mostrou que a vitamina D em excesso pode ser prejudicial ao coração. A pesquisa feita por médicos da Universidade Johns Hopkins e publicada no American Jornal of Cardiology envolveu cinco anos dos dados de uma avaliação nacional com mais de 15 mil adultos. As análises detectaram que as pessoas com níveis normais da vitamina D tiveram níveis mais baixos proteína C reativa (PCR), um marcador para a inflamação do coração. Quando os níveis da vitamina D se elevaram, aumentou o risco de problemas do coração. Mas os estudos não são conclusivos.
De acordo com Sandrini, os estudos mostraram que a vitamina D é crítica para a saúde do osso e poderia ter um benefício protetor para o coração, mas esta nova pesquisa sugere que a vitamina em excesso pode ser prejudicial.
"A vitamina D é importante para a saúde do coração, especialmente se a pessoa tiver níveis baixos da vitamina no sangue. Ela reduz inflamações e o aterosclerose, e pode reduzir a mortalidade" 
Fonte: O Fluminense

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