O verão é uma estação caracterizada pelo forte calor e tempestades de fim de tarde. Além dos problemas decorrentes das fortes chuvas como alagamentos e desabamentos de encostas, há outro perigo que merece nossa atenção: a dengue. Talvez você esteja se perguntando que relação há entre as chuvas de verão e a dengue. Bem, nessa época do ano o mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) encontra as melhores condições para sua reprodução: altas temperaturas e água parada.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, a dengue tem sido relatada no mundo desde o século XVIII. No Brasil, os primeiros registros datam de 1846. Entre os anos 1851 e 1853 ocorreu a primeira epidemia no país, fato que se repetiu diversas vezes desde então. Mas nem sempre foi assim... Você sabia que já estivemos livres do mosquito transmissor da dengue? É verdade... No início do século XX houve campanhas de erradicação do Aedes aegypti (que também transmite a febre amarela) lideradas por Oswaldo Cruz (1903 a 1907), pela Fundação Rockfeller (entre 1930 e 1940) e pela Organização Pan-Americana de Saúde a partir de 1947. O último criadouro do mosquito no Brasil foi eliminado em 1955. Em 1958, foi declarado que estávamos livres do Aedes aegypti. Porém, na década de 70 o mosquito foi reintroduzido em nosso país, o que levou a novas campanhas de erradicação que mais uma vez, obtiveram sucesso. Mas em 1976 o mosquito foi reintroduzido novamente e, desde então, temos enfrentado diversas epidemias. Dados do Ministério da Saúde coletados até 16 de outubro, informam que somente em 2010 foram registrados 936,2 mil casos de dengue no país, dos quais 14,3 mil foram considerados graves, com 592 óbitos.
Há dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. Os principais sintomas da dengue clássica são: febre alta (de 38⁰ a 40⁰C), dores de cabeça, cansaço, dores musculares e nas articulações, dor nos olhos, enjôos, vômitos e manchas vermelhas pelo corpo, podendo afetar crianças e adultos. A dengue hemorrágica é uma infecção mais severa. Os sintomas são semelhantes aos da dengue clássica e duram até cinco dias. Após esse período, a febre baixa e surgem hemorragias (nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais e até uterinas) o que pode levar o indivíduo à morte.
Pequenas ações podem nos auxiliar no combate a essa doença, que é considerada o maior problema de saúde pública dos últimos tempos em nosso país:
1. Evite água parada;
2. Mantenha totalmente fechados os reservatórios de água (cisternas, caixas d'água e poços)
3. Mantenha calhas, canos e ralos limpos e desentupidos.
4. Não acumular latas, pneus e garrafas. Caso seja necessário, guarde-os em locais secos e cobertos.
5. Substitua a água dos vasos de plantas por areia.
6. Lave os bebedouros de animais domésticos uma vez por semana.
7. Mantenha lajes e piscinas sempre limpas.
8. Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira fechada.
Texto publicado no Boletim Informativo da PIBSG, Janeiro de 2011 Ano 4 - nº32 Tweet
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