A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que é
fundamental o empenho das autoridades para evitar a gravidez entre
adolescentes. No mundo todo, uma em cada cinco adolescentes e jovens deu à luz
com menos de 18 anos. Nas regiões mais pobres, a proporção passa para uma em
cada três. A organização informa que é elevado o número de mortes entre pessoas
de 15 a 19 anos que não resistem às complicações pós-parto.
Pelos dados da OMS, cerca de 16 milhões de adolescentes dão
à luz todos os anos no mundo principalmente nos países em desenvolvimento.
A estimativa é que aproximadamente 3 milhões de jovens, de
15 a 19 anos, submetem-se a abortos ilegais por ano. Pelo menos metade dos
bebês de mães adolescentes morre. Também há de indicações que eles sejam mais
propensos a ter baixo peso ao nascer. A maior incidência (95%) ocorre em países
de baixa e média renda.
A entidade diz ainda que os casamentos entre crianças e adolescentes,
tradição em alguns povos, geram o aumento da violência e do abuso sexual,
elevando também os riscos de infecção pelo vírus HIV. As meninas que casam cedo
têm menos acesso à escola e as perspectivas de emprego também diminuem. Em
países de baixa e média renda, mais de 30% das meninas se casam antes dos 18
anos de idade e aproximadamente 14% antes dos 15 anos.
As taxas de natalidade entre as mulheres com baixa
escolaridade são mais elevadas do que entre as que têm ensino médio e superior.
Segundo a OMS, há adolescentes que desconhecem os meios contraceptivos e outras
são incapazes de obtê-los.
Também há informações sobre denúncias de violência sexual
contra as adolescentes. Mais de um terço das meninas em alguns países relatam
que sua primeira relação sexual foi forçada.
Em 2011, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou uma resolução
incentivando os países a implementar medidas que levem à melhora da saúde das
adolescentes e jovens no mundo. As
recomendações têm como objetivo reduzir os casamentos antes
de 18 anos, diminuir as gestações entre adolescentes e jovens com menos de 20
anos e aumentar o uso de contraceptivos.
Há ainda metas de reduzir os casos de sexo forçado com
crianças, adolescentes e jovens, assim como abortos ilegais e partos precoces.
Fonte: Agência Brasil
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