quarta-feira, 7 de março de 2012

Sorvete pode viciar como as drogas






É comum sentir “gosto de quero mais” depois de tomar sorvete. Este desejo, de acordo com pesquisadores, pode ser tão viciante quanto o relacionado às drogas ilegais. A forma pela qual o cérebro responde aos estímulos de satisfação em alguns alimentos é semelhante a de pessoas que usam cocaína.

Publicada na revista “American Journal of Clinical Nutrition”, a pesquisa reforça outros trabalhos que mostram como as pessoas podem se sentir viciadas em alguns alimentos. De acordo com Kyle Burger, do Oregon Research Institute, em Eugene, nos Estados Unidos, o excesso de ingestão de comidas com alto teor de gordura ou de açúcar provoca alterações cerebrais.

- As pessoas comem mais para tentar chegar novamente ao nível anterior de satisfação - disse Burger. - O consumo excessivo de alimentos ricos em gordura ou açúcar pode alterar a forma como o cérebro responde aos alimentos, uma maneira de perpetuar a ingestão de mais alimentos.

Ao todo, foram analisados 151 adolescentes com idade entre 14 e 16 anos, alimentados com milkshakes de chocolate da marca Häagen Dazs. Um aparelho de ressonância magnética foi usado para avaliar os efeitos cerebrais quando uma foto do milkshake era mostrada.

Todos expressaram o desejo de comer um copo do doce, mas a satisfação era menor entre aqueles que, nas semanas anteriores, tinham comido mais a guloseima. Esta reação é semelhante a dos viciados em drogas, porque, apesar dos desejos crescentes, a resposta de prazer dada pelo cérebro estava sendo anulada. Possivelmente, isto está relacionada a níveis menores de dopamina. Analisando os dados de ressonância magnética, pesquisadores chegaram a conclusão de que os adolescente que comiam mais sorvete precisavam ingerir mais o doce para sentir a mesma satisfação.

- É difícil afirmar que o sorvete, por si só, faz as pessoas ficarem viciadas. Mas os estudos mostram que ele tem propriedades semelhantes a de substâncias viciantes – disse Burger. - Algumas pessoas podem comer frequentemente sorvete ou outros alimentos ricos em gordura e açúcar e não aparentar qualquer característica relacionadas a vício, mas outras podem desenvolver dependência em relação a comida.

Os pesquisadores ressaltam, ainda, que algumas pessoas que fumam, bebem ou jogam também não se tornam viciados. Burger citou, ainda, pesquisas que  relacionam junk food à dependência:

- Eu não diria que comida é viciante, mas eu já escutei algumas pessoas dizerem que não podem viver sem ela.

Fonte: O Globo

Mudanças climáticas ameaçam 900 espécies de aves tropicais




As mudanças climáticas podem causar a extinção de 900 aves de regiões tropicais em todo mundo até o fim do século, adverte estudo recém-publicado na revista “Biological Conservation”. O Brasil será um dos países mais afetados — cerca de 20% das espécies do Cerrado podem desaparecer, de acordo com estimativa de Cagan Sekercioglu, professor de biologia da Universidade de Utah, um dos autores do trabalho. Sua pesquisa levou em consideração o cenário no qual a temperatura média do planeta subirá 3,5 graus Celsius, calculando o impacto deste aquecimento nas florestas, o habitat das aves, e considerando ainda a destruição de vegetação pela atividade humana. O estudo apresenta dados para as discussões sobre o impacto do crescimento econômico sobre a diversidade biológica do planeta, um dos temas chaves da Rio+20, a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, que será realizada em junho.
Com cerca de 1.600 espécies, o Brasil é um dos países mais ricos do mundo em aves, tendo 16% das dez mil espécies de todo o mundo, de acordo com informações de Sekercioglu:
— Grande parte destas espécies são da Amazônia, que, com as mudanças climáticas, deve ficar mais seca e menos florestada, com substituição de vastas áreas por Cerrado. Isso ameaçará várias aves.
A Mata Atlântica brasileira também abriga vários pássaros ameaçados de extinção. Muitos deles vivem em áreas serranas, que sofrerão grande impacto com o aumento das temperaturas. Os pesquisadores calculam que cada grau de aquecimento signifique o desaparecimento de cem a 500 espécies.
— Estas aves não encontrarão o clima do qual precisam quando houver aumento das temperaturas. Elas não conseguirão ir a locais mais altos, podendo ser extintas. Um exemplo é o saudade-de-asa-cinza (Tijuca condita) — citou o pesquisador.
O símbolo do risco que a biodiversidade do planeta está correndo com a perda de tantas espécies, para Sekercioglu, é o tangará. Das 45 variedades deste pássaro, as que vivem na Amazônia e no Cerrado são as mais vulneráveis. Eles precisarão encontrar algum local seguro para continuar sobrevivendo em um planeta mais quente.
— A fragilidade dos tangarás mostra a importância de haver uma área tropical na qual os pássaros consigam encontrar as condições de sobrevivência — alertou. — Precisamos planejar para garantir locais adequados para os quais as espécies ameaçadas de extinção consigam ir.
Não basta escolher qualquer lugar como área de proteção. É preciso avaliar quais serão os impactos do aquecimento global. No Brasil, Sekercioglu sugere que a Mata Atlântica, onde as florestas se desenvolvem em áreas serranas, abrigue mais unidades de conservação para as aves.
Além das aves, a pesquisa ressalta que o impacto do aquecimento global deverá ser grande na diversidade de mamíferos e anfíbios. Os pássaros, porém, são considerados bons indicadores das mudanças que estão por vir com o aumento de temperatura do planeta. De acordo com os cientistas, observadores de aves podem dar o primeiro alerta sobre mudanças.
— Além dos pesquisadores, os observadores de aves também vão para campo e multiplicam os relatos do aparecimento de pássaros. Desta forma, é possível fazer um mapeamento bem abrangente dos locais em que as aves foram vistas — explica o membro do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, o ornitólogo e observador de aves Fernando Pacheco. — As máquinas de fotografar digitais facilitaram o trabalho. O portal WikiAves é um exemplo disto, ainda que a distribuição dos observadores pelo território natural não seja equitativa. Em São Paulo, há mais de mil. No Acre, são poucos.


Fonte: O Globo

sexta-feira, 2 de março de 2012

Nova Forma de Reprodução



Cientistas australianos descobriram durante um estudo marinho que embriões de corais são capazes de se clonarem. A pesquisa foi divulgada na edição desta semana da revista "Science".

Frágeis a ponto de serem fragmentados pelas ondas, os embriões de corais se dividem em pedaços que conseguem gerar clones dos originais. Este modelo de reprodução é algo inédito no reino animal, segundo os autores do estudo.

Os embriões de corais não possuem uma capa protetora como no caso de animais maiores como os mamíferos. Quando bilhões de embriões "desprotegidos" de corais são lançados ao oceano perto de recifes gigantes como a Grande Barreira de Corais, na Austrália, eles continuam a sobreviver e começam a se dividir.

Os cientistas Andrew Heyward e Andrew Negri, responsáveis pelo estudo, notaram que mesmo brisas suaves conseguem fragmentar os embriões. Os clones são normalmente menores que os embriões normais, mas conseguem se desenvolver como larvar e se fixar a rochas para formar corais juvenis.

Essa alternativa à reprodução comum dos corais pode ser uma estratégia de sobrevivência desses animais a mudanças imprevistas em ambientes.
Fonte: Globo.com

sábado, 18 de fevereiro de 2012

10 truques científicos para impressionar os amigos em festas



1] Acenda uma vela e acenda um fósforo com ela. Depois, assopre e posicione o fósforo perto da fumaça da vela; você vai reacendê-la como se fosse mágica.
2] Coloque cerca de 70 mL de água (ou cerca de 1/5 da capacidade) em uma latinha de refrigerante vazia e posicione como mostrado no vídeo. O peso da água vai permitir que a latinha gire de um jeito misterioso.
3] Coloque uma toalha leve e de pano sobre a mesa e posicione objetos pesados sobre ela. Lembre-se de puxar a toalha verticalmente para baixo, não horizontalmente.
4] Peça para alguém girar o pé direito em sentido horário e, com o indicador da mão direita, desenhar um seis no ar. O movimento do pé vai automaticamente mudar para o sentido anti-horário.
5] Adicione um pouquinho de vinagre branco e bicarbonato de sódio em um medidor. Espere a mistura abaixar, como mostrado no vídeo, e passe a vasilha sobre as velas, como se fosse derramar o líquido nelas. O fogo vai extinguir como num passe de mágica.
6] Diga para alguém colocar a mão sobre a mesa e mexer todos os dedos. Então, peça para a pessoa dobrar o dedo do meio e tentar novamente. Vai ser impossível deslocar o dedo anular.
7] Coloque um palito entre os dentes de dois garfos e posicione o palito sobre o seu dedo indicador, como mostrado no vídeo. Garfos que gravitam, uhu!
8] Esse truque é para os profissionais na arte de jogar bolinhas. Ao fazer a bola quicar no chão e bater na parte de baixo do tampo da mesa, você verá que ela volta exatamente para o lugar onde sua mão estava.
9] Simples e divertido: pegue uma nota, faça duas dobras onde estão o centro dos olhos da figura e pronto, você verá a imagem sorrir ou se enfurecer  (sim, funciona com notas de real também).
10] Faça um buraco em uma caixa de fósforos, posicione os palitos como mostrado no vídeo e desafie um amigo a tirar a moeda sem mexer nos palitos. O truque está em acender o centro do fósforo que está colocado na diagonal. 
Fonte: Quirkology / Revista Superinteressante

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Encontrado o que pode ser menor camaleão do mundo



Um dos menores camaleões do mundo foi descoberto por pesquisadores em uma ilhota de calcário em Madagascar. O minúsculo camaleão Brookesia micra tem comprimento máximo de 29 milímetros. Cientistas alemães também descobriram três novas espécies no norte da ilha. Os pesquisadores temem que os animais corram risco de extinção, caso haja alteração no seu habitat.
A descoberta foi publicada pela revista científica PLoS ONE.
A equipe do cientista Frank Glaw, do Zoologische Staatssammlung, de Munique, é especializada em camaleões pequenos, já tendo descoberto outras espécies semelhantes no passado. Os animais foram encontrados à noite durante a estação das chuvas de Madagascar. Os cientistas tiveram que vasculhar o chão com ajuda de lanternas.
- Eles vivem entre as folhas durante o dia, mas à noite saem e você consegue achá-los.
A menor das espécies foi encontrada em uma ilhota remota de calcário. 
Os pesquisadores acreditam que pode ser um caso de nanismo insular, um fenômeno no qual espécies diminuem de tamanho com o tempo para se adaptar a um habitat menor, segundo Glaw.
- É possível que a grande ilha de Madagascar tenha produzido uma espécie geral de camaleões minúsculos, e que uma ilhota pequena tenha produzido a espécie menor.
Uma análise genética comprovou que os camaleões são na verdade parte de quatro espécies distintas.
Miguel Vences, da universidade alemã de Braunschweig, que participou da equipe, comentou a descoberta.
- Isso indica que eles se separaram há milhões de anos, antes mesmo do que várias outras espécies de camaleão.
Cada espécie nova está restrita a um território muito pequeno. O menor dos territórios tem apenas 0,5 km2.
- Em Madagascar, muitas espécies estão restritas a pequenos habitats, e isso faz com que seja importante conservá-los.
Outra espécie minúscula - o B. tristis, que significa "triste" - foi achado em uma parte isolada de uma floresta, próximo a uma cidade. O nome foi escolhido pelos cientistas para alertar para o perigo de extinção das espécies, que são muito frágeis.

Fonte: BBC

Pequenos construtores


Texto publicado na Revista Ciência Hoje das Crianças nº 231.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cientistas flagram um tubarão devorando outro





O exato momento em que um tubarão devora outro foi registrado por pesquisadores do ARC Centre of Excellence for Coral Reef Studies (Centro de Excelência de Pesquisas de Corais), na Grande Barreira de Corais, na Austrália. O predador era um tubarão-tapete (Eucrossorhinus dasypogon), que costuma ficar no fundo do mar esperando a passagem de sua presa. Desta vez, a vítima foi um tubarão-bambu (Chiloscyllium punctatum).

A mandíbula do tubarão-tapete se desloca e permite que o tubarão-bambu tenha sido engolido por inteiro. Esta seria a primeira vez em que esta cena teria sido fotografada.

De acordo com especialistas, 13% das mordidas de tubarões em humanos são de pequenos tubarão-tapete. Elas geralmente ocorrem quando os animais são pisoteados. Daí também vem o nome desta espécie.

Os ataques de tubarão que causaram a morte de pessoas em 2011 foi o maior em duas décadas, de acordo com relatório da Universidade da Flórida.

- O número de casos fatais foram essencialmente em locais remotos, nos quais não há recursos médicos disponíveis – disse George Burgess, diretor do departamento internacional de registros de ataques de tubarão da Universidade da Flórida.

O relatório descreve 75 ataques de tubarão no mundo. Destes, 29 foram dos Estados Unidos, 11 da Austrália, cinco na África do Sul. O Brasil teve dois registros. Como esperado, surfistas e esportistas foram alvo de 60% dos ataques não provocados.

Fonte: O Globo.